TCHÊ/SÃO LUIZ/DONA ROSA É tricampeã do Gauchão Segunda Divisão 2010...



13/12/2010

Com todos os ingredientes de uma decisão de campeonato, América e AGSL fizeram uma partida bastante movimentada, ontem à noite, no ginásio poliesportivo de Tapera, na final da Segunda Divisão Gaúcha de Futsal 2010. Emoção, dramaticidade, nervosismo, confusão e muitas reclamações embalaram o confronto deste último sábado, que terminou com vitória são-luizense pelo placar de 2 x 1.

Cerca de três mil taperenses coloriram as arquibancadas de vermelho e branco, fazendo uma bonita festa. A pressão era grande, mas a torcida missioneira, embora em número reduzido, também deu show, apoiando o time durante os 40 minutos, além de ostentar as tradicionais faixas e até mesmo uma bandeira do município.
Dentro das quatro linhas, a equipe comandada por Jéferson Beccon demonstrou superioridade desde o início. Bem postada na marcação, não oferecia espaços para o América, que sentia o peso da decisão diante de seus torcedores. O gol da AGSL era uma questão de tempo e faltando 15 minutos e 51 segundos para o término da etapa inicial ele aconteceu. Diógenes, pela esquerda, limpou a marcação, cruzou para a área e depois de um bate-rebate, Kiko Gardin, contra, desviou para o fundo das redes do arqueiro Ban.
Logo em seguida, o mesmo Kiko bateu forte no canto direito, exigindo boa defesa de Carlos André. Na seqüência, a representação de São Luiz Gonzaga teve mais duas excelentes oportunidades para ampliar, primeiro com Diógenes, que se livrou de Ban e concluiu, mas novamente Kiko Gardin entrou em ação, dessa vez afastando o perigo. Na segunda, após receber passe de Diógenes, Fabinho, sem goleiro, mandou para fora.
Três minutos depois da inauguração do placar, com um pouco de sorte, o América chegou ao empate. Após cruzamento da direita, Fábio acertou um belo arremate de meia bicicleta, a bola desviou em Caturra e acabou enganando Carlos André. Mais um gol contra. A torcida americana, que mesmo em desvantagem no marcador não havia desanimado, inflamou mais uma vez.
Após a igualdade, a AGSL continuou superior, levando perigo, na maioria das vezes com Diógenes. Em esporádicos contra-ataques o América chegava, mas sempre falhava nas finalizações. Dessa forma, o primeiro tempo terminou mesmo em 1 x 1.
A etapa complementar foi mais agitada ainda. Jones, para a AGSL e Kiko, para os donos da casa, tiveram boas chances, mas desperdiçaram. O América ainda assustou com Marcelinho, que acertou a trave, ao perceber Carlos André fora da área. Na metade do segundo tempo, nitidamente nervosos, os taperenses passaram a utilizar Paredes, habilidoso com os pés, como goleiro-linha. Porém a eficiente marcação são-luizense anulou essa alternativa, que acabou por não apresentar resultados.
O empate que estava se desenhando levava a partida para a prorrogação. A decisão ganhava ares de dramaticidade, quando faltando 3 minutos e 42 segundos para o final, o arqueiro Carlos André, do meio da quadra, acertou um potente chute, sem chances de defesa para Paredes, fazendo 2 x 1. O ginásio emudeceu, ouvia-se apenas a pequena torcida visitante comemorar.
Depois do gol, a partida ficou parada por cerca de 10 minutos, devido a uma grande confusão. Tudo começou pelos dirigentes do Guarany de Espumoso, que estavam presentes. Desde o primeiro tempo eles provocavam e hostilizavam os membros da comissão técnica da AGSL, e no decorrer da partida, alguns torcedores americanos passaram a fazer o mesmo.
O treinador Jéferson Beccon exigiu providências, irritando seu colega Javali, que o acusou de fazer cera. Ambos discutiram e foram expulsos pela arbitragem, mas antes mesmo de sair, Beccon foi agredido por um torcedor. Alegando falta de segurança, ele se recusou a deixar a quadra, precisando a Brigada Militar chamar reforço para fazer sua escolta.
A paralisação acabou por esfriar de vez o já apático América, que não encontrou forças para reagir. Nem mesmo a entrada de Marcelinho como goleiro-linha foi suficiente para reverter a situação. A AGSL soube administrar muito bem a vantagem nos poucos minutos restantes, para comemorar junto com sua pequena, mas animada torcida, o inédito tricampeonato.
Durante a premiação, Carlos André, Fabinho e Jéferson Beccon receberam os troféus de melhor goleiro, fixo e treinador, respectivamente. Na chegada à cidade, por volta das 5 horas, uma carreata e buzinaço aguardavam os campeões na Praça da Matriz. 
O Guia São Luiz parabeniza atletas, comissão técnica e dirigentes da Associação Grande São Luiz de Clubes pela conquista!


Fonte: guiasaoluiz.net

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